Cada vez que se fala e tomam posições na sociedade portuguesa sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez" (como foi o recente indulto presidencial à enfermei condenada na Maia) surgem notícias e declarações do meu camarada Cláudio Anaia, ora criticando, ora condenado os camaradas de partido pelas posições que tomam, na "sua qualidade de presidente dos jovens socialistas católicos (jsc)". O facto é que esses autodenominados JSC não existem, nem nunca existiram e choca-me ver como é que a comunicação social pode dar relevo a uma pessoa (apesar de constantemente afirmar que são muitos) que discorda sobre determinada matéria, quando essa mesma pessoa, dentro da estrutura nada diz sobre o assunto (salvo uma excepção - X Congresso Nacional da JS em 1998). A JS, estrutura de que faço, orglhosamente, parte, tem uma laga percentagem de militantes católicos, mas tem também militantes de outras confissões religiosas e uma das coisas que sempre me fizeam bastante confusão é a mistura que se tenta fazer entre partidos políticos e religiões, como é o caso escandaloso do PP. Ser católico (que sou) e ser socialista é uma forma de estar para com a vida e de agir no nosso dia-a-dia e nnca uma forma de autopromoção, como faz o Cláudio Anaia. Quanto à IVG, está na hora de acabarmos com a hipocrisia reinante na nossa sociedade, parecendo às vezes que se ostenta essa hipocrisia como uma coisa boa. Sendo um assunto delicado e com demasiadas implicações para desenvolver aqui (a vida, o direito à vida, a genética, as convicções religiosas, os direitos das mulheres, a moral, a ética, as implicações jurídico-penais, o planeamento familiar, etc.), o ceto é que os "abortos" continuam a fazer-se com ou sem condições, em Portugal ou no estrangeiro. E quando as leis deixam de ser cumpridas e o seu não cumprimento aceite tacitamente na sociedade, devem ser mudadas. Mude-se a lei com urgência no sentido de um Portugal moderno e progressista e não continuemos a agir como um país terceiro-mundista.
publicado por Pedro Vaz às 18:26
Apesar de não ter ainda divulgado o blog que criei, em virtude de ele estar ainda num estado incipiente, foi com agrado que constatei o facto de em Estarreja, já terem dado conta dele. Tendo tido várias referências (e não menos comentários) em blogs dos quais sou leitor assíduo e interessado, como é o caso do blog do meu caríssimo V. Jorge Silva e do meu colega na Assembleia Municipal, José Matos. Na realidade entre comentários agradáveis, houve uma série deles carregados de conselhos e que denotaram algum nervosismo. A meu ver sem razão aparente, pois a minha actividade política desenvolvo-a nos locais próprios e nas alturas certas, com um estilo, quer agrade ou não, que é meu e que continuarei a ter, uma vez que quando as nossas acções se desenvolvem com convicções é muito difícil separar as emoções. Penso, contudo, que o meu contributo, de uma foma ou de outra, é válido, à semelhança de muitos outros contributos, sejam do meu quadrante político ou de outros. É essa a génese da democracia (felizmente) quer se goste ou não.
publicado por Pedro Vaz às 18:09