"Bati-me sempre por coisas que iam além de mim e não olhei a sacrifícios. Fiz o que pude, e quem faz o que pode faz o que deve" - Fernando Valle.
23 de Setembro de 2012

Realizou-se na passada sexta-feira, dia 21 de Setembro, Sessão Ordiária da Assembleia Municipal de Estarreja, que tinha a seguinte Ordem de Trabalhos:

 

1. Aprovação das Actas n.º 3 e 4

2. Período antes da Ordem do Dia

3. Período da Ordem do Dia:

    3.1. Apreciação da Imformação Escrita do Presidente da Câmara e respectiva situação financeira;

    3.2. Discussão e Votação do Lançamento da Derrama relativa ao exercício económico de 2012 e fixação da taxa respectiva;

    3.3. Discussão e Votação da Fixação das Taxas de IMI - Imposto Municipal Sobre Imóveis para vigorar no ano de 2013;

    3.4. Discussão e Votação da Contracção de Empréstimos de Médio/Longo Prazo para Financiamento de Diversos Investimentos Inscritos no PPI de 2012.

     

Foi ainda acrescentado na própria Assembleia e a pedido da Câmara um ponto 3.5. que seria mais ou menos o seguinte:

     3.5. Recrutamento Excepcional de 10 Assistentes Operacionais.

 

 

Nesta Assembleia Municipal (AM) que se iniciou às 20h30 foram discutidos os pontos 1.; 2.; 3.1 e 3.2; até à meia-noite. De acordo com a Lei a reunião só se poderá prolongar para lá da meia-noite se os membros da Assembleia aprovarem. 

 

Foi realizada a votação (recordo que a Coligação PSD/PP tem uma vastíssima maioria na AM e a continuação foi rejeitada, tendo sido agendada nova reunião para quarta-feira, dia 26 de Setembro, pela mesma hora para discutir os 3 pontos restantes.

 

Votei contra neste particular, pois entendi, e conforme disse na declaração de voto que fiz, que era um irresponsabilidade não continuar a reunião pois um dos pontos tratava de abrir um concurso público para a contratação de 10 pessoas, o que no contexto sócio-económico actual é algo que, havendo oportunidade para fazer, deve ser feito o mais célere possível. e estes dias de adiamento podem fazer muita diferença, não só à Câmara Municipal, mas principalmente às pessoas que venham a ser contratadas mediante o concurso.

 

 

Mas voltando ao que se passou na Assembleia e passado a parte de votação das actas das reuniões anteriores, que acaba por ser um pequeno, mas necessário,  formalismo. Entrou-se no Período Antes da Ordem do Dia.

 

Os menos familiarizados com o funcionamento dos órgãos autárquicos me perguntarão o que é o Período Antes da Ordem do Dia?

 

De uma forma breve é a parte da reunião onde os seus membros podem falar dos assuntos que entendam e que não constam da agenda de trabalho (Período da Ordem do Dia) onde apenas podemos falar dos pontos que estão em discussão. É pois o momento onde quer o PS, quer a CDU que estão em minoria na Assembleia Municipal podem trazer assuntos a discussão que provavelmente de outra forma não seria discutidos por não interessarem à maioria.

 

Nesta Assembleia, o Grupo Municipal do Partido Socialista, apresentou 2 Moções para Discussão e Votação

que coloco em baixo.

 

Uma primeira Moção, apresentada pelo Líder do Grupo Municipal, Hugo Oliveira, contra a proposta do Governo de alteração da TSU (sendo que a Assembleia decorreu no mesmo período do Conselho de Estado, ainda não se sabia do recuo do Governo nessa matéria) a proposta foi rejeitada com os votos contra da Maioria PSD/CDS, tendo votado favoravelmente os Membros da Assembleia eleitos pelo PS, pela CDU e Independentes, bem como pelo Presidente da Junta de Freguesia de Avanca, José Artur Pinho, também eleito pelo PS.

 

Foi ainda apresentada por mim em nome do PS uma Moção com propostas para que o município de Estarreja proponha ao Governo e aos Grupos Parlamentares na AR, alterações legislativas para o IMI e Derrama. Moção que será discutida e votada após a discussão e votação do IMI na reunião da próxima 4ª feira.

 

Moção TSU


 

Moção IMI e Derrama


 


publicado por Pedro Vaz às 14:57
13 de Julho de 2012

Ontem a Assembleia Municipal de Estarreja reuniu para, nos termos da Lei aprovada pela Maioria que nos governa (PSD e CDS) deliberar sobre uma proposta que levaria Estarreja a ter, no mínimo, menos 2 freguesias.

 

Em baixo a intervenção que proferi em nome do Partido Socialista.

 

Exmo. Sr. Presidente da Assembleia Municipal

Exmo. Sr Presidente da Câmara Municipal

Srs. Vereadores

Srs. Presidentes de Junta

Caros Membros desta Assembleia

 

Estamos hoje aqui, para mais uma vez discutirmos a reorganização das freguesias no concelho de Estarreja. Desta vez para deliberarmos sobre uma proposta de mapa, que de acordo com a Lei aprovada pela maioria parlamentar do PSD e do CDS na Assembleia da República nos obriga a extinguir pelo menos 2 das 7 freguesias do concelho.

 

Vemo-nos pois confrontados mais uma vez com uma proposta do Governo da República que ao arrepio das mais elementares regras de respeito pelo poder democrático das autarquias, conquistado com Revolução dos Cravos, decidiu empreender o mais feroz ataque às autarquias locais de que há memória, quer com esta proposta, quer com a chamada Lei dos Compromissos.

 

Dizem eles que esta reorganização, que mais não é que uma lei que visa extinguir freguesias no nosso país, decorre de uma imposição do Memorando de Entendimento com a “troika” (constituída pela Comissão Europeia, pelo Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional) para a Ajuda Financeira ao nosso país e assinado pelo PS. - Nada mais falso.

 

Como já tive oportunidade de referir, num artigo publicado no Jornal de Estarreja a 25 de Novembro do ano passado, cujo teor referi na Assembleia Municipal de 15 de Dezembro, aquando da apresentação da moção, elaborada pelo Grupo Municipal do PS, contra a proposta do Governo (a qual foi rejeitada pela coligação do PSD e do CDS aqui nesta mesma câmara e pasmemo-nos todos, com os votos contra a Moção do PS da maioria dos Srs. Presidentes de Junta).

 

Mas dizia, como já tive oportunidade de referir no passado dia 15 de Dezembro, em que li nesta assembleia o excerto do memorando original de Maio de 2011, que foi subscrito pelo PS, então no Governo, mas também pelo PSD e pelo CDS. Repito, mas também assinado pelo PSD e pelo CDS, nada estava escrito relativamente à extinção de freguesias.

 

Nem mesmo na versão do memorando, após a primeira atualização em Setembro de 2011 (e esta já da inteira responsabilidade do atual Governo composto pelo PSD e pelo CDS), para a qual o PS não foi sequer auscultado, existe nada explícito nem referido quanto aos objetivos quantificados pelo Governo para a extinção de freguesias no nosso país.

 

 

Quem disser o contrário disto está, propositada e deliberadamente, a enganar os portugueses em geral e os munícipes de Estarreja em particular.

 

Estamos, pois, perante uma realidade criada única e exclusivamente pelo Governo liderado por Pedro Passos Coelho e em que Miguel Relvas (o “Obikwelu das Licenciaturas”) é o grande impulsionador.

 

Todos já percebemos, uma vez que é repetido até à exaustão, que a política do Governo vai muito para além do memorando e que é assumido, intransigentemente que esta reforma vai avançar “doa a quem doer” conforme disse Miguel Relvas no encerramento do congresso da ANAFRE.

 

Partamos, então, do pressuposto da necessidade imperiosa de reduzir o número de freguesias para redução do défice a bem da Nação.

 

De acordo com os dados quer do INE, quer do Banco de Portugal, quer do próprio Governo, as Freguesias representam apenas 0,1% da despesa pública.

 

Que alcance tem uma medida destas na poupança e no combate ao despesismo do Estado????? Se quisermos responder com seriedade, obviamente que a extinção de freguesias não é resposta significativa e significante para a redução da despesa pública e consequentemente alcançar as metas orçamentais definidas.

 

Concluindo, observamos sob o pretexto do programa de assistência financeira ao maior ataque ideológico de que há memória na história da democracia portuguesa.

 

O Governo encontrou o álibi perfeito no memorando de entendimento, para prosseguir a sua agenda ideológica de desmantelamento do Estado Social e dos direitos, liberdades e garantias consagrados na Constituição.

 

Uma agenda política que tem tido como resultados o aumento da dívida em mais de 2 mil milhões de euros e um buraco sem fundo, adivinhando-se mais medidas de austeridade.

 

Estamos pois hoje aqui a discutir uma proposta de um Governo e de um Ministro que perderam já toda a credibilidade.

 

Prometeram não aumentar impostos. Aumentaram o IVA, e criaram em 2011 uma sobretaxa de IRS.

Aumentaram as taxas moderadoras na saúde, levando a uma quebra de consultas no Serviço Nacional de Saúde, abrindo portas e caminho para a privatização e querem hoje contratar médicos e enfermeiros a preços esclavagistas.

 

O “disparate” que era cortar o 13º e 14º meses na campanha eleitoral, é hoje uma realidade para a função pública, não obstante a sua inconstitucionalidade, mas para os membros dos Gabinetes Governamentais, numa assaz originalíssima interpretação da Lei, essa regra não se aplica.

 

Preparam a privatização da Água.

 

O Desemprego aumenta para números inimagináveis e que desde que o desemprego é contabilizado (início do séc. XX) nunca tinha sido atingido.

 

Empresas a fechar, Consumo a baixar, Crescimento económico já nem do canudo se vislumbra.

 

Este é o Estado da Nação de um Governo que teima em persistir no erro e que não quer perceber, toldado pelo preconceito ideológico, o mal que está a fazer ao país.

 

Esta reforma autárquica é pois o resultado de um Governo impreparado, desconhecedor e desrespeitador do poder autárquico e que merece a mais veemente reprovação.

 

Perante tudo isto o Partido Socialista não está de todo disponível para dar cobrimento a este Governo e a esta proposta.

 

O Partido Socialista rejeita liminarmente qualquer alteração às freguesias existentes no concelho e rejeita qualquer tentativa deste género que não colha, desde a sua génese, a vontade, a opinião e participação das populações e das instituições autárquicas e dos seus eleitos.

Disse

Pedro Vaz - Membro do GM/PS

 

publicado por Pedro Vaz às 16:31
10 de Maio de 2012

         A Moção e a Resposta da CIRA sobre o apoio ao Beira-Mar

 

 

 

Como é sabido, apresentei, no dia 30 de Setembro de 2011, na Assembleia Municipal de Estarreja uma Moção que foi aprovada por unanimidade (por TODOS os partidos) onde questionava a Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) acerca da compra de um camarote ao Beira-Mar, para a época 2011-12 por 20 mil euros (soube recentemente que acresce IVA), o que quer dizer que afinal ronda os 25 mil euros.

 

A Moção, que apresentei, solicitava explicitamente o seguinte:

 

  • O acesso ao Contrato-Programa realizado com o Sport Club do Beira-Mar que proporcionou a o apoio de 20 mil euros;
  • O esclarecimento cabal por parte do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Estarreja (membro do Conselho Executivo da CIRA) e do Sr. Presidente da CIRA e Presidente da Câmara Municipal de Ílhavo a justificação do apoio financeiro e se o mesmo se trata, efectivamente, da aquisição de um Camarate ao Beira-Mar e excluindo os restantes clubes desportivos abrangidos pela Comunidade Intermunicipal, como por exemplo o Clube Desportivo de Estarreja e a Associação Atlética de Avanca.
  • O Regulamento de atribuição dos lugares disponíveis no camarote aos cidadãos de Águeda, Vagos, Aveiro, Estarreja, Sever do Vouga, Albergaria-a-Velha, Murtosa, Anadia, Ílhavo, Ovar e Oliveira do Bairro;
  • E o envio da Moção aprovada a todas as Assembleias Municipais dos Municípios da CIRA, bem como a todos os órgãos sociais da CIRA.
Não vou dedicar muito atenção ao facto que terá levado os serviços da Assembleia/Câmara Municipal a procederem ao envio da Moção aprovada a 30 de Setembro de 2011 apenas  em Fevereiro de 2012 (5 meses depois). Nem tão pouco ao facto da resposta da CIRA ter sido enviada a 23 de Abril de 2012 (quase 7 meses depois).
Já percebi que quer em Estarreja, quer em Ílhavo prestar contas não é o forte dos seus autarcas executivos.
Contudo lá chegou a resposta!
Num ofício de 2 páginas o Sr. Presidente da CIRA (que é Presidente da Câmara Municipal de Ílhavo e que quer ser, mas não sabe se deixam ou se ganha sequer, ser Presidente da CM de Aveiro), Eng. Ribau, lá respondeu o seguinte:
  • Que em 19 de Agosto de 2011 o Conselho Executivo da CIRA deliberou na sua reunião ordinária (por unanimidade, de acordo com as declarações públicas e reiteradas do Presidente da Câmara Municipal de Estarreja), proceder à atribuição de um apoio publicitário ao Sport Club do Beira-Mar no valor de 20.000 euros + IVA para a época 2011/2012.
  • Que em 90.000 € atribuidos a associações e colectividades da região distribuídos de 2010 a 2012, 20 mil foram ao Beira-Mar num único ano (25% do total dos apoios).
  • Para comprovar que não apoiam apenas o Beira-Mar enviaram o Protocolo celebrado com o Beira-Mar, bem como o protocolo financeiro celebrado com a ABIMOTA para organizarem o Grande Prémio Velocipédico Abimota/Região de Aveiro.
        O Protocolo assinado
Da leitura atenta do protocolo é assumido, preto no branco, (e contrariando as disposições legais constantes da Lei n.º 5/2007 de 16 de Janeiro, nomeadamente do exposto nos n.º 2 e 3 do artigo 46º e das regras de financiamento no âmbito dos contratos-programa de desenvolvimento desportivo (Decreto-lei nº 273/2009 de 1 de Outubro)) que a CIRA adquiriu os seguintes suportes publicitários:
1. Espaço Publicitário no Varandim do Camarote (nunca o vi)
2. Publicidade instalada em espaço multifuncional (nem sei o que é que isto quer dizer)
Em contrapartida o Beira-Mar atribui à CIRA o estatuto de «PARCEIRO PREMIUM»  com os seguintes direitos e benefícios:
i. 19 lugares CAMAROTE PRESTIGE;
ii. 40 Bilhetes (Bancada Nascente) por jogo, para a Liga Zon Sagres;
iii. Utilização do espaço adquirido como espaço empresarial;
iv. 1 lugar de estacionamento VVIP (interior);
v. 5 lugares de estacionamento VIP4 (exterior).
Este é resumo do Protocolo enviado pelo Presidente da CIRA.
        As Respostas por dar
As respostas que o simpatiquíssimo e tão solícito Eng. Ribau Esteves não deu foram as seguintes:
1. O enquadramento legal em que ele e a CIRA se basearam para a atribuição do apoio.
2. Caso o Eng. Ribau Esteves tenha encontrado um enquadramento legal (duvidamos que exista), onde pára o regulamento de atribuição dos 19 lugares, 40 Bilhetes por jogo e os 5 lugares de estacionamento, aos cidadãos dos municípios da CIRA, pois o dinheiro gasto foi o dinheiro dos contribuintes, pois parece-me que tão exemplares cidadãos e gestores autárquicos com provas dadas e isentos de qualquer suspeição, não tilizem esses benefícios para uso pessoal do Eng. Ribau Esteves & friends.
Por tudo isto, estou já a preparar a respectiva queixa a entregar brevemente no Ministério Público.
PS - Em posts posteriores análise à questão do prolongamento da concessão das Águas do Carvoeiro e os Ajustes Directos (já recebi parte da documentação solicitada) à Paula Teles & Family.
publicado por Pedro Vaz às 11:41
13 de Outubro de 2011

Há alguns dias atrás, a Assembleia Municipal de Estarreja aprovou por unanimidade uma Moção que exige esclarecimentos da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), presidida por Ribau Esteves (Presidente da CM de Ílhavo e proto-candidato a Presidente da CCDR e se não der, candidato à CM de Aveiro) relativamente à compra por 20 mil euros de um camarote ao Beira-Mar. 

 

Não estando em causa a instituição do Sport Clube do Beira-Mar, que obviamente não tem culpa das asneiras dos outros, é absolutamente vital a bem da credibilidade que sejam apresentadas as justificações (documentos) que provem que tudo foi feito dentro da legalidade. Ribau Esteves limitou-se a dizer no JN que foi um acto bem intencionado, mas pediu ao seu amigo e companheiro de partido José Eduardo Matos (Vice-Presidente da CIRA e Presidente da CM de Estarreja) que o defendesse. 

 

JEM em vez de apresentar os documentos que demonstrem que tudo foi feito na legalidade decidiu atacar-me pessoalmente com alusões a uma notícia manipulada por Miguel Relvas sobre facturas por pagar no Instituto de Desporto de Portugal, uma vez que eu desempenhei as funções de Adjunto do Secretário de Estado da Juventude e do Desporto.  http://www.terranova.pt/index.php?idNoticia=12159

 

 

Tive ontem conhecimento desta reacção de José Eduardo Matos até porque a Moção foi aprovada por unanimidade (PSD, CDS, PS e PCP) e esteve presente o seu chefe de gabinete nessa reunião da AM, uma vez que é membro da mesma.

 

Respondi hoje a José Eduardo Matos no mesmo local http://www.terranova.pt/index.php?idNoticia=12350 e continuamos (eu, a AM de Estarreja e as populações) a aguardar os devidos esclarecimentos por parte de Ribau Esteves e José Eduardo Matos. 

 

Digo mesmo mais. Não me intimidam com insinuações, falar grosso ou coisas do género. A legalidade tem de prevalecer e quem está em funções públicas de responsabilidade tem a obrigação de prestar contas pela sua acção enquanto autarcas.

publicado por Pedro Vaz às 18:43
30 de Setembro de 2011

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O Eng. Ribau Esteves convenceu os seus amigos Presidentes das Câmaras Municipais da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) a comprarem com dinheiro dos contribuintes um camarote no estádio do Beira-Mar para assim ajudar o clube da cidade pela qual se quer candidatar à Câmara depois de deixar de ser Presidente da Câmara de Ílhavo e ainda levar uns amigos a ver os jogos.
Custou 20 mil euros. A questão é que quer a Lei de Bases do Desporto, quer a legislação que regulamenta os contratos-programa de desenvolvimento desportivo não permitem.

O Grupo Municipal do PS entende que isto é totalmente inaceitável, ainda para mais quando se exige tanto aos contribuintes e em especial aos cidadãos dos municípios da CIRA que levaram com aumentos do preço da Água que não há memória.

Em anexo a Moção apresentada pelo PS na Assembleia Municipal que irá ser discutida dentro de momentos. Auguro que será chumbada pelo PSD e pelo CDS. Aguardamos
publicado por Pedro Vaz às 21:12
14 de Junho de 2010

Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal
Exmo. Sr. Presidente da Assembleia Municipal
Exmos. Srs. Vereadores da Câmara Municipal
Exmos. Srs. Presidentes das Juntas de Freguesia
Exmos. Srs. Membros da Assembleia Municipal
Demais autoridades civis e militares
Minhas Senhoras e Meus Senhores
Estarrejenses,

Cumpre-se hoje mais um Dia do Município. Dia de celebrarmos a nossa terra, as nossas gentes, os feitos que alcançámos e queremos alcançar. Dia, também, de reconhecermos e enfatizarmos aqueles que, pela sua acção e empenho, fizeram mais pela nossa terra e ajudaram-nos todos a sermos melhores enquanto comunidade.

Por isso as nossas primeiras palavras se dirigem àqueles que recebem hoje o reconhecimento de todos nós pelo seu trabalho e dedicação à nossa terra.

Este reconhecimento não é mais que o penhor da gratidão que estas instituições e personalidades nos merecem, por terem acreditado sempre nas potencialidades da nossa terra e das nossas gentes. Instituições e pessoas que não obstante as dificuldades e os contratempos mais que muitos, nunca desistiram de acreditar na nossa terra e nunca se deixaram amarrar às circunstâncias e condicionalismos próprios dos tempos. Lutando, cada um da sua forma, para que Estarreja se superasse a si mesma. E todos, bem sabemos, o quão difícil é fazê-lo.

Em primeiro aos trabalhadores da Câmara Municipal que completaram 25 anos de serviço público aos estarrejenses, dando o melhor de si, na sempre incompreendida tarefa de funcionário público, o nosso obrigado.

Não podemos, também, deixar de enaltecer os atletas estarrejenses que com a sua dedicação, com o seu esforço, dedicação e sacrifício pessoal e das suas famílias, conseguiram alcançar mais. Levando-nos a todos à boleia dos seus méritos e feitos. O nosso agradecimento e para todos o nosso incentivo para que possam, no futuro, ter melhores condições para se poderem afirmar ainda mais nas modalidades desportivas que praticam.

Desta forma ao centenário Centro Recreativo de Estarreja e à Santa Casa da Misericórdia, que ao longo de décadas assumiram um papel relevantíssimo na comunidade, através das suas vertentes. Cumprindo em Estarreja um verdadeiro serviço público, apoiando a comunidade e proporcionando-lhe desporto, cultura, apoio social e cuidados de saúde substituindo muitas das vezes, ao longo dos tempos, os poderes públicos (administração central e local). Para o Centro Recreativo e para a Santa Casa o nosso bem-haja no momento deste singelo tributo.

Homenageamos, também, hoje três personalidades, cuja vida se confunde com a história contemporânea da nossa terra e cujo trabalho estará sempre indelevelmente ligado aos sucessos da nossa terra e à capacidade de fazer das nossas gentes. Qualquer um dos três contribuiu na sua área, com o seu engenho e arte e com a sua determinação, para fazer de Estarreja uma terra melhor. Cada um, e nas suas áreas, contribuiu para que houvesse e haja, ainda hoje, melhor qualidade de vida em Estarreja e com melhores condições para aqueles que ainda cá vivem e que infelizmente sentem cada vez menos motivos para cá continuar.

Ao Eng. Castro Valente o nosso obrigado pela dedicação ao longo de 40 anos a servir os outros enquanto comandante da nossa corporação de bombeiros.

A João Amaral o nosso agradecimento por ter persistido em continuar a sua actividade em Estarreja, sabendo todos que seria mais fácil ir para outras paragens onde as oportunidades são melhores. Ser empreendedor nunca foi tarefa fácil no nosso país e na nossa terra ainda menos.

Posso garantir-lhe que a dívida que Estarreja tem consigo e com os Transportes J. Amaral são de uma dimensão que vai muito para além desta homenagem.

A persistência em permanecer em Estarreja tem garantido ao longo dos tempos um sem número de oportunidades de emprego aos estarrejenses que de outra forma teriam tido muitas mais dificuldades que as que existem. Obrigado por continuar por cá, quando são cada vez menos aqueles que podem trazer desenvolvimento económico ao nosso concelho e que é cada vez mais um concelho onde o desenvolvimento económico não chega. Louve-se iniciativas, como a sua, que continuam a garantir alguma fonte de rendimentos no nosso concelho.

Por fim, uma palavra especial para Vladimiro Silva. E desenganem-se aqueles que a palavra é especial por ser para uma pessoa do mesmo partido que o meu. Não.

Uma palavra especial para Vladimiro Silva, por duas razões.

Uma primeira que se prende com o facto de cada vez menos respeitarmos aqueles que se dedicam à causa pública através da política e democraticamente se expõem a todos para que o povo, na sua sabedoria, faça as suas escolhas. E o povo escolheu-o.

Escolheu-o por duas vezes para ser seu Presidente, aqui em Estarreja. E olhem que é preciso ser uma pessoa muito especial, para sendo socialista ser eleito como Presidente em Estarreja. Se olharmos bem e de forma muito simples, basta vermos que desde o 25 de Abril de 74 já passaram 36 anos e só durante 8 anos tivemos um socialista a presidir aos destinos do nosso município.

Por isso são cada vez mais raras as vezes em que enquanto comunidade prestamos o devido louvor àqueles que nos servem enquanto políticos.

Sei que na política e quem se predispõe a exercer cargos políticos, não procura esse louvor e reconhecimento. A maioria daqueles que nos servem através da política fazem-no desinteressadamente, fazem-no por sentido de dever e porque acreditam que o seu contributo pode de facto ser útil para todos vivermos um pouco melhor. Vladimiro Silva é uma dessas pessoas e é precisamente por ser uma dessas pessoas que serviu a nossa terra desinteressadamente e serviu bem Estarreja e os estarrejenses é que esta homenagem é merecida.

Mas como dizia, são duas as razões que me levam a dedicar uma especial atenção a Vladimiro Silva e a segunda tem a ver com a sua visão, a sua forma de enfrentar as dificuldades e com aquilo que com a sua acção a nossa terra conseguiu progredir.

Acompanhei de perto a sua acção enquanto Presidente de Câmara e aprendi muito enquanto político com ele e com as pessoas que o acompanharam na sua actividade em prol do nosso município.

Aprendi com Vladimiro Silva que a força das nossas ideias e convicções não são negociáveis e são o alimento da nossa acção política. Aprendi com ele a saber encontrar compromissos, mesmo entre aqueles que divergem de nós. Encontrei nele o espírito verdadeiro de um líder que sem receios de ser suplantado ou ultrapassado se rodeou dos melhores, alguns porventura melhores que ele, com a máxima que somos tão melhores quanto melhores são aqueles que connosco colaboram.

Aprendi com Vladimiro Silva que a actividade política e governativa não se compadece com lamentos, com queixumes e com desculpas para a inacção. E encontrei nele, aquilo que faz os grandes políticos, a visão de desenvolvimento de uma terra em prol da qualidade de vida para todos. Reconhecimento que hoje todos assinalamos, e bem.

Foi a sua visão que fez, em 8 anos, aquilo que para muitos era impensável na nossa terra. Foi essa sua visão, o seu trabalho e da sua equipa que marcou a história recente da nossa terra, marcou tanto que volvidos praticamente 10 anos, aqueles que nos governam hoje, continuam a falar desse mesmo passado.

Vladimiro Silva, e ainda que sem placas de acrílico, tem a sua pessoa e sua gestão associadas ao período de tempo que mais desenvolveu Estarreja.

Em 8 anos e de forma pouco exaustiva porque o tempo não nos permite. A ele e à sua visão de desenvolvimento devemos a existência do Cineteatro de Estarreja, a actual Biblioteca Municipal, o Parque Industrial (hoje conhecido como Eco-Parque), a A29, a Escola EB23 Padre Donaciano, os actuais quartéis da GNR e dos Bombeiros Voluntários de Estarreja, os Complexos desportivos do CDE e da Atlética de Avanca, a pista do Arsenal de Canelas, vários polidesportivos em todo o concelho, o Centro de Saúde existente e a Extensão de Saúde de Salreu, o Inovar-Estarreja que apoiou centenas de famílias e recuperou um série de habitações, o Centro Cívico da Quinta do Gama e a Praça do Município, Saneamento e distribuição de água por todo o concelho etc. etc.

Vladimiro percebeu que o desenvolvimento de Estarreja não poderia ser uma acção de gestão ad-hoc dos recursos do município. Gizou planos na saúde, nos equipamentos sociais e desportivos, no parque escolar, no urbanismo, criou as ferramentas para o desenvolvimento económico e social do nosso concelho, na cultura. Enfim, tanto planeou e estruturou que ainda hoje, 10 anos volvidos, ainda é o seu plano de acção que se cumpre na nossa terra.

E essa é mesmo a questão, o mundo a sociedade evoluem em 10 anos, mais que a acção planeada em 1993 e os tempos são difíceis e de mudança.

Os tempos que vivemos hoje e as dificuldades que todos temos de ultrapassar não podem ser enfrentados com resignação. Não podemos adoptar a postura diletante dos vencidos da vida da geração de 70 no séc. XIX. Não podemos. E não podemos sob pena de sermos absorvidos por estes tempos difíceis e exigentes.

Adivinhava-se há muito o que se passa hoje em Portugal, na Europa e no Mundo. Desde o primeiro Fórum Social Mundial de Porto Alegre que se gritava que um outro mundo é possível. Todos nós no nosso individualismo ignorámos os gritos de alerta. E em 2 anos fomos abalados por uma crise financeira à escala global, que ameaçou colapsar todo o sistema financeiro e bancário no mundo. A essa crise seguiu-se uma crise económica, que ainda hoje fecha empresas e coloca no desemprego milhões de pessoas pelo mundo fora, e em que Portugal não é excepção. E hoje pende sobre todos a ameaça do colapso do estado social sob a égide de uma crise política grave à escala europeia. Europa essa que é hoje cada vez mais determinante na acção governativa à escala nacional. Uma união económica europeia sem uma união política europeia é um castelo construído com um baralho de cartas, à espera do sopro dos especuladores financeiros que o mundo ajudou a criar.

Mas voltando aqui a Estarreja e à nossa terra. Não podemos baixar os braços e resignar-nos, pensarmos que somos pequenos e agirmos com pequenez. Não. Isso é um mau serviço. Quem governa e lidera tem a obrigação de cumprir a sua missão – Governar e liderar. E para tal é preciso ter ideias que se consubstanciem e concretizem em valorização dos nossos recursos e das nossas gentes. Criando assim mais-valia que assegurem a prosperidade da terra. É ousar sonhar e lutar pela concretização dos sonhos. É acreditar que a nossa acção é fundamental para trazer esperança e fé nas potencialidades de todos.

Para tal é preciso não ceder a pressões, não agir com mesquinhez e inveja, sermos fiéis a nós próprios e agirmos com verdade perante nós e perante os outros. É estarmos à altura dos que fizeram a nossa história e, nos momentos difíceis e importantes souberam ultrapassar as adversidades. É estarmos à altura de Estarreja e dos estarrejenses que diariamente enfrentam as vicissitudes da vida.
Prestigiar Estarreja e este dia é, sem desculpas, sem encolheres de ombros e sorrisos tímidos de incapacidade é e parafraseando um grande republicano, lutador anti-fascista e democrata, Fernando Valle é batermo-nos por coisas que vão além de nós. Fazer o que podemos, pois só assim fazemos o que devemos. A bem da nossa terra e prestigiando assim, aqueles que hoje aqui homenageamos.

Disse.

Pedro Vaz
Estarreja, 13 de Junho de 2010
publicado por Pedro Vaz às 11:32
02 de Novembro de 2009

Um colega bloguista de Estarreja e também membro da Assembleia Municipal de Estarreja está chocado comigo por eu não analisar aqui no meu quintal o resultado eleitoral em Estarreja das últimas autárquicas.

Convém esclarecer que a análise fica para os analistas. Esses que a façam. Eu sou actor e agente de mudança. Sei os factos e tento mudar a realidade. Transformá-la. Fazer com que todos tenham um vida (um futuro) feliz.
publicado por Pedro Vaz às 00:26
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Paula Teles foi-me falada pelo Núcleo de Acessibil...
Gosto disto, vou começar a seguir o vosso blog.......
Sr Pedro Vaz,Como está tã informado pergunto-lhe s...
pena nao haver mesmo uma rampa para o inferno, par...
Olá Pedro Vaz.Cá o Cidadão abt fez questão em link...
Caro Pedro Vaz,Ja verifiquei o link e devo-lhe um ...
Caro Anónimo:http://dre.pt/pdf2sdip/2009/12/251000...
O LICENCIADO COM PRAZER NA POLÍTICA - PEDRO VAZDes...
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