"Bati-me sempre por coisas que iam além de mim e não olhei a sacrifícios. Fiz o que pude, e quem faz o que pode faz o que deve" - Fernando Valle.
17 de Abril de 2012

Que país é este em que nos tornámos? Que sociedade somos quando abandonamos os que mais precisam de todos nós (especialmente do Estado enquanto entidade)? Que Portugal é este que regride desta forma e que destrói o simples sonho, a simples ideia de uma qualificação para a obtenção de um futuro melhor?


Tenho a certeza que não sou o único a não ficar indiferente. Sei que existem mais como eu que se revoltam com esta triste realidade de distribuição de mais-valias na PT, de milhões e milhões no BPN e que não investe um pouco mais na Educação e na Acção Social Escolar em momentos de grande dificuldade para os portugueses.


A indignação invade-me!


 
publicado por Pedro Vaz às 04:18
03 de Dezembro de 2010

Aqueles que, hoje em dia, mais se indignam com o despesismo no erário público, indignando-se com gastos que não passam de ninharias orçamentais e esquecendo-se sempre que muitas das ditas "regalias" hoje existentes foram criadas pelos mesmos e até, pasme-se servem aos próprios, como por exemplo:

1. Reformas que se podiam acumular, como são os casos sobejamente sabidos de várias personalidades públicas como Cavaco Silva, Manuela Ferreira Leite, entre outros. (Para o futuro já não é permitido Infelizmente e ao abrigo do preceito constitucional da não retroactividade das leis, essas pessoas continuam a poder usufruir das regalias e privilégios que criaram para si mesmos).
2. Sub-Sistemas de Segurança Social criados em tudo o que era carreira na Administração Pública (caminha-se hoje para um sistema comum a todos, independentemente da sua profissão).
3. Disparidade de anos de trabalho e descontos para a segurança social entre os sectores público e privado, que onera a minha geração e o Estado durante várias dezenas de anos.
4. A contagem da carreira contributiva para efeitos de pensões de reforma. Como é que era possível que apenas se contassem os melhores 10 anos dos últimos 15 de carreira contributiva para efeitos de cálculo de pensão e não toda a carreira contributiva?????????? Gostava mesmo que estes arautos, como é caso o Prof. Medina Carreira, me explicassem isto, porque para mim e milhares de outros portugueses da minha geração não vai ser assim (e bem, diga-se)e vamos ter de pagar com os nossos impostos os privilégios dessa gente.

Bem, como estes exemplos muitos outros poderia estar aqui a enumerar. Mas como dizia anteriormente como é que estas pessoas que se desfilam nos nossos televisores e nos jornais que lemos, têm o desplante de, ainda hoje, falaram com autoridade sobre o que quer que seja relativamente ao futuro do país e se arrogam legitimos representantes do sentir dos portugueses que no futuro vão ter de arcar com os seus disparates.

A todos eles acrescentemos alguns personagens activas da política portuguesa, que ainda hoje se colocam do alto da burra a disparar contra a Governação do PS (que enfrenta um dos períodos mais conturbados do ponto de vista económico à escala mundial e europeia e a este propósito referi-se o profundo retrocesso na construção europeia, influenciada pelos liberalistas económicos que ditam as regras económicas e financeiras na Europa e no Mundo com a mesma autoridade com que nos afundaram numa crise apenas comparável à Grande Depressão do início do Séc. XX). Casos como:

1. Manuela Ferreira Leite. "Autoridade" Financeira em Portugal e que enquanto Ministra da Educação foi um desastre perdendo uma geração em Portugal para as qualificações e enquanto Minstra das Finanças, mais recentemente, foi responsável pelo desastre denunciado hoje no Jornal SOl da transferência do fundo de pensões dos CTT para a Caixa Geral de Aposentações.

2. Paulo Portas que e de acordo com a "Visão" desta semana foi responsável por um contrato para a construção dos submarinos com a Ferrostal que tinha no seu clausulado um valor indemnizatório diário por cada dia que passasse até á adjudicação dos submarinos.

Enfim...

Todavia, esta panóplia de gente que diariamente acusa o Estado de gastador, de mau gestor, de usar o dinheiro dos contribuintes para desperdício, vêm logo a terreiro, eles próprios ou por interpostas pessoas, criticar quando o Estado decide cortar dinheiro que não beneficiando a comunidade, beneficia e de sobremaneira alguns, como é caso mais recente do financiamento que durante anos e anos o Estado dava ao Estabelecimentos de Ensino Privado.

Estas pessoas não se coibem de dizer que o privado é que administra bem, o privado é que gere optimamente. Esquecendo-se sempre de dizer que gerem bem porque as suas receitas vêm directamente do orçamento do estado, como era o caso até aqui das Escolas Privadas. O Governo, e bem, decidiu acabar com a "mama" (desculpem a linguagem, mas é mesmo assim). Mas porque raio é o que o Estado há-de financiar oferta educativa, destinada a cumprir o preceito Constitucional de garantir a todos educação, havendo escolas públicas na região que o possam fazer. Financiam o privado que concorria com o público (por "clientes") e ainda por cima escolhe os que educa (ainda que o não pudesse fazer), ainda por cima mais caro. Inaceitável. A este propósito o Secretário de Estado da Educação escreve um artigo de opinião no jornal Público.

A este propósito, e mais uma vez, veremos os do costume a exaltar o privado e a atacar o Estado por por um lado ser gastador e por outro acabar com privilégios que custaram/custam e podem vir a gastar os Milhões de € que o país não pode prescindir.

Uma nota final: O TGV é tudo menos desperdício. Se há investimento (ou gasto, se quiserem) público que valha a pena é o Futuro. E o futuro do meu país de mim e de todos aqueles que têm a minha idade e mais novos é o facto de podermos estar ao nível do resto da Europa e para isso precisamos de uma infra-estrutura fundamental para o desenvolvimento que é o Comboio de Alta-Velocidade e perdoem-me a dureza, mas porque raio é que há-de ser gaj@s de 50's e mais anos a dizerem-me o que é que deve ser o futuro e onde é que o Estado vai gastar o dinheiro dos meus impostos daqui a 20 e 30 anos.
publicado por Pedro Vaz às 16:12
23 de Março de 2010

A bem da credibilização da coisa e àcerca da tal manifestação de estudantes do Básico, Secundário e Superior, convocada para o dia 24 de Março, pesquisei quem eram os líderes de tal protesto, uma vez que quer a AAC, a FAP e a AAL não têm nada a ver com isso, nem o ENDA, nem a Plataforma Nacional de Associações de Estudantes do Ensino Básico e Secundário.

Então encontrei as seguintes pessoas, bastando para tal acrescentar JCP aos respectivos nomes na pesquisa googliana.

Luís Encarnação:
- a falar na rádio da JCP e no relato da revista Sábado dos trabalhos do PCP que passo a transcrever:
"21h01 - Luís Encarnação, 16 anos, não gosta de nenhum líder partidário, excepto de Jerónimo de Sousa: "Não o conheço de ir beber café, mas é um bom camarada". Luís é o líder do grupo de sete jovens que no bar animam os restantes comunistas. Quando um dos membros da comissão política aparece para falar em directo para a televisão, levanta-se e, com o punho direito no ar, incita os outros a gritarem: "CDU, CDU". É militante da JCP desde os 12 anos porque odeia a privatização: "detesto esta ideologia da privatização da saúde e das escolas. É uma propaganda falsa".

João Alves (Porta-Voz da AE da ESAD):
JCP faz acções contra as propinas e ainda aqui.


Isto apenas 2 exemplos, pois eles escondem-se, sempre muito bem, por trás dos nomes de instituições que não merecem essa manipulação por parte da JCP e não usam os seus nomes, mas sim o de associações e grupos de jovens (no caso do secundário).

O curioso é que a JCP solidariza-se com a manifestação de estudantes do dia 24 de Março, no dia 14 de Março, como se pode ver pelo site da JCP e os preparativos começam a 17 de Março e a divulgação hoje.

Assumam-se de vez enquanto organização política séria e não usem os estudantes.
publicado por Pedro Vaz às 18:07
19 de Janeiro de 2009

Militar e ser dirigente da JS vale a pena. Ao longo dos últimos anos temos tido muitas batalhas em prol dos jovens e da nossa sociedade, em geral. Tem valido a pena. Prova disso é a intervenção de José Sócrates ontem no CCB em que apresentou a sua Moção "PS: A Força da Mudança" e defendou o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo e o alargamento para 12 anos da escolaridade obrigatória. Ideias defendidas pela JS. É um orgulho para nós vermos José Sócrates assumir como suas estas batalhas.

Vale a pena a JS e o PS



publicado por Pedro Vaz às 17:07
26 de Março de 2008

Há tempos que estive para o dizer, no entanto passou e não me lembrei mais. Mas a intervenção de Daniel Sampaio, hoje na SIC - Notícias a atacar o Ministério da Educação e o Estatuto do Aluno, impeliu-me automaticamente a escrever o seguinte.

É PRECISO TER LATA!!!!

Não sei se alguém já disse a Daniel Sampaio, mas vir criticar um Ministério da Educação que o nomeou para dirigir uma Comissão Técnica para a implementação da Educação Sexual nas Escolas não traria mal ao mundo se Daniel Sampaio tivesse algo com que se orgulhar com os resultados obtidos com o trabalho que desenvolveu com a Educação Sexual. Infelizmente, não é o caso. Não só a Comissão que presidiu chegou a resultados no mínimo discutíveis, como a realidade que se pretende ainda está longe de se atingir. Na minha modesta opinião muito por culpa das orientações dos documentos emanados dessa Comissão.

Um pouco de recato, por vezes, aconselha-se.
publicado por Pedro Vaz às 21:32
14 de Fevereiro de 2008

A SIC acaba de noticiar que os empréstimos a estudantes do Superior (salvo erro 1700) e que ascendem a um valor de 20 milhões de euros superam já as expectativas do Governo.

Bem....... Não sei que diga. Não sei que pense. Supera as expectativas? De que forma? Mas já que supera as expectativas do Governo que seja negativamente.

Acerca disto ocorrem-me algumas considerações. Desde logo importa dizer que a regulamentação dos empréstimos a estudantes no ensino superior há muito que vinha sendo adiada tendo sido concretizada num passado recente pelo Governo do PS não obrigando os estudantes a apresentarem fiadores para os mesmos, assumindo o Estado o risco. Se um estudante quiser usufruir deste tipo de crédito junto de uma instituição bancária não tenho nada a opor e ainda bem que esse instrumento existe.

A meu ver os empréstimos enquadram-se como uma mais opção que os estudantes têm a oseu dispôr e dessa forma não terem que estar dependentes dos pais por exemplo e se for esse o caso. No entanto, os empréstimos não são, não podem ser como que um sucedâneo à acção social escolar. Acho que o Governo também entende assim. Prova disso vejo o facto de em 2 anos terem aumentado as verbas para a acção social escolar no superior como há muito não se via.

Acho que a forma como a notícia saiu não foi, de facto, feliz.

Por último este sistema de empréstimos provocam-me sentimos ambíguos. Por um lado fico satisfeito que exista este mecanismo, aumentando a imediata independência financeira dos jovens estudantes em relação à sua família, ainda que a troco de uma dependência para com as sanguessugas financeiras. Por outro lado deixa-me preocupado, porque a demasiada procura deste produto financeiro seja consequência da falta de meios e condições dos jovens estudantes para prosseguirem os seus estudos, não tendo outras alternativas para continuarem os seus percursos académicos.
publicado por Pedro Vaz às 20:51
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